
Votar no menos pior
Tenho um amigo que defendeu que “é ingênuo não escolher o menos pior” em vez de anular o voto. É um argumento e, como todo argumento, discutível.
Tenho um amigo que defendeu que “é ingênuo não escolher o menos pior” em vez de anular o voto. É um argumento e, como todo argumento, discutível.
Meu caro, escrevo para falar de política, e da política aqui de Pindorama, ainda por cima. Se na última correspondência eu evitei abordar o tema, nesta é inevitável.
Um jornal confessar um lado não é o mais importante. O maior problema é a tendência de muitos jornalistas de virar meros cabos eleitorais, guiando-se por posições ideológicas vinculadas a partidos e, assim, transformando a imprensa em uma extensão da banalização política.
Nem os candidatos novatos conseguem empolgar – até porque seguem a mesma linha de promessas vazias e frases feitas (“vou lutar por saúde, segurança e educação”) dos políticos experientes. Pelo jeito, sobrarão mesmo muitos votos para o time dos bumbuns, craques de bola, palhaços e cantores bregas.
A cultura brasileira é a do conformismo, e as tentativas de contrariar a acomodação, desconfiar do senso comum, ir em direção oposta à...